O primeiro de 2017

por Misha Gibson, que aprendeu alguma coisa

171 Todo Dia

Terça, 03 De Janeiro De 2017 ás 06:00

O primeiro de 2017

O primeiro de 2017

O hoje do qual eu falo com vocês é o segundo dia de 2017. Então, para mim, o ano ainda está fresco e promissor. Até parece que um dia, ou no caso, algumas horas, pode fazer alguma diferença, mas acreditem, faz mesmo. Tem uma rádio por aí que fala que em 20 minutos tudo pode mudar e na verdade, tudo muda quando piscamos os olhos. Então, para mim, 2017 ainda exala o frescor de ano novo.

Não posso começar este texto sem fazer uma retrospectiva, assim como o Paulo fez no 171 da semana passada. 2016 foi um ano muito pesado, muitas coisas ruins aconteceram especialmente no fim do ano, fazendo com que o sentimento geral fosse de: vamos decretar terminado?!

Mas, de algumas lições do ano passado eu posso tirar algumas que gostaria de compartilhar. A primeira é que a impressão que fica é a última, e não a primeira como diz o ditado. O ano que passou teve gosto amargo, sim, mas o amargor do final parece que prevaleceu. Não vou mais esquecer disso e hoje posso dizer que me arrependo de algumas impressões finais que devo ter deixado para algumas pessoas.

A segunda lição que aprendi para este ano é que não importa o que a gente fez de certo. Qualquer erro realizado acaba com qualquer boa impressão e/ou reputação boa que se construiu. Parece um clichê, você já deve ter escutado isso em algum lugar. Mas, vejo que qualquer esforço depois de um erro é como se fosse um remendo. Não dá para esquecer, apagar, ou deixar para lá. É triste, mas o que fica é o que erramos. Então, o acerto deve estar sempre em nossos alertas.

A terceira coisa que gostaria de registrar neste começo de ano é que a morte apaga tudo. A morte nos faz desculpar, nos faz esquecer e faz, de quem vive, menores. Falo isso lembrando de Carrie Fisher, uma atriz de quem só fui aprender depois de seu falecimento. Ela incorporou o ideal de princesa que carrego desde que vi o primeiro Guerra nas Estrelas, mas nada mais do que isso. Quando soube que ela escrevera outro livro de memórias, contando um caso com um ator com quem contracenou, eu achei que ela estava querendo mais publicidade. (Como é fácil julgar as pessoas...) No entanto, com a sua morte, compreendi que não importa quem você foi, o que fez ou o que falou. Tudo se apaga com a morte. Talvez este seja um dos perdões Divinos, tudo é sublimado na Terra. E, sendo sincera, ainda bem. Porque eu ainda acho difícil perdoar erros crassos e mesmo assim, gostaria que os meus fossem esquecidos.

Então, para o primeiro 171 de 2017, gostaria de deixar um voto de confiança: que os aprendizados duros do ano que se passou sirvam para levar este ano com menos dor. Que continuemos a nos interessar por política no Brasil, que as nossas relações sejam mais sinceras, baseadas no real e no respeito, que possamos fazer este ano melhor, mais justo e mais honesto. Que as distâncias sejam encurtadas, que quando tudo ficar ruim, ainda exista muay thai no fim do dia para liberar a mente do pesar. Que o 171 continue firme em seu propósito de olhar o cotidiano, mesmo quando não exista nada de interessante para se falar. E que todos possam encontrar alguma coisa em si mesmo para se orgulhar e se definir. Um bom novo ano!


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