Educação e ambiente familiar: chave para a juventude escapar das estatísticas da violência

Por Fernanda Oliveira

Politicando

Terça, 15 De Setembro De 2015 ás 11:29

Educação e ambiente familiar: chave para a juventude escapar das estatísticas da violência

Educação e ambiente familiar: chave para a juventude escapar das estatísticas da violência

O Centro-Oeste é uma das regiões com maior índice de homicídios entre jovens do Brasil. A soma de esforços entre família e educadores é uma das esperanças para mudar essa realidade.

De acordo com o Mapa da Violência 2015, estudo de autoria do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz e divulgado neste ano pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o homicídio é a principal causa de mortes de adolescentes no Brasil. Esta estatística coloca o País em terceiro lugar na taxa de homicídios de adolescentes de 15 a 19 anos, entre 85 países avaliados. Uma realidade que preocupa especialistas, famílias e educadores.

A região Centro-Oeste fica atrás apenas do Nordeste quando se trata dos maiores índices. Neste cenário, especialistas se perguntam o que está acontecendo com a juventude e, principalmente, como mudar essa realidade que aos poucos se torna comum. Já é sabido que variáveis como a participação da família na vida dos filhos e ambiente escolar propício para o aprendizado não só profissional, mas também de cidadania, estão diretamente relacionados ao atual comportamento dos jovens.

Para Lúdio Silva, coordenador pedagógico do Colégio Dom Bosco, a mudança que a juventude precisa para escapar das estatísticas apontadas no documento da Unesco só será alcançada quando família e escola voltarem a somar esforços. Para ele, é preciso que as experiências vividas no dia a dia sirvam de base para a construção de cidadãos com a habilidade do respeito ao próximo. “A introdução de valores começa nos primeiros ensinamentos, limites e exemplos dos pais, que em seguida contam com o ambiente escolar para apoiar essa criação com práticas pedagógicas de socialização, dialogo e princípios como honestidade, colaboração e respeito”, ressalta.

Crys Oliveira Dutra, psicopedagoga, entende que não é tarefa fácil transmitir valores em tempos de grande acesso à informação, velocidade dos fatos e tantos avanços tecnológicos, mas que não se pode abdicar do desafio, pois ele é a base para uma sociedade saudável. “A juventude espera inovação e novas experiências. Compete aos pais, com o apoio de educadores, proporcionar situações de crescimento pessoal às crianças e adolescentes constantemente, inserindo nelas novos valores”, acrescenta.

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