Campo Grande agora tem o escritório para quem não tem escritório

Em meio a crise econômica, os coworkings nascem como oportunidade para profissionais que buscam estrutura completa e de baixo custo para trabalhar.

Terça, 23 De Fevereiro De 2016 às 19h33

Abre em Campo Grande escritório para quem não tem escritório

Abre em Campo Grande escritório para quem não tem escritório

De origem americana, a palavra ‘coworking’ conceitua-se como ‘escritório compartilhado’ no Brasil. Diante das novas demandas profissionais, com rotinas mais flexíveis, colaborativas e relações com menos vínculo, é cada vez maior o número de escritórios nesse formato.

Conforme pesquisa realizada em janeiro de 2015 pelo Ekonomio e B4i, com apoio do Coworking Brasil, hoje já são 238 espaços ativos nestes moldes no país. Campo Grande-MS acaba de entrar na onda dessa tendência, em janeiro deste ano nasceu na capital o Conectivo Coworking.

“Estamos vivendo uma incrível transformação no mundo do trabalho exatamente pelas mudanças na forma como hoje fazemos negócios e consumimos. Todos os dias vemos profissionais abrirem mão da carteira para usarem seus talentos e ganhar mais, terem mais mobilidade; empresas surgem de um celular e boas ideias, companhias estão reduzindo custos com equipes trabalhando remotamente e conectadas online.

As estruturas físicas além de ficarem cada vez mais caras já não são mais primordiais para os negócios acontecerem. Os espaços compartilhados criam o ambiente ideal e dão fôlego para que ideias e iniciativas se viabilizem. Essa é uma realidade que já está acontecendo, inclusive aqui, e entendemos que existia demanda por um escritório compartilhado na capital para abrigar pessoas dessa nova economia”, conta Josué Sanches, idealizador do coworking e consultor de marketing.

Funciona assim: o profissional paga um valor mensal e tem direito a uma estação de trabalho; copa (com cafeteira tradicional ou Nexpresso, geladeira, bebedouro, microondas, utensílios, chaleira elétrica e pipoqueira); armário individual; água; luz; internet; manutenção do local; banheiros feminino e masculino; sala de reunião (com quatro lugares, mesa e quadro branco); espaço Relax (com rede e outros confortos); além de um ambiente inovador, criativamente decorado, inspirador e climatizado. Há ainda, serviços/soluções com valor a parte, como impressão e cópia, tira-gostos, cerveja, refrigerante, vinho e champanhe (para happy hour, comemorações, entre outros bons motivos). A relação se dá por contrato simples, sem fiador e tem duração de seis meses.

“O Conectivo é um escritório compartilhado para quem precisa ter tudo pronto e na mão para trabalhar. O investimento mensal que o profissional faz é muito inferior ao custo que ele precisaria fazer para montar um escritório, mobiliá-lo e mantê-lo em funcionamento (com o pagamento das contas de água, luz, internet, segurança, entre outros), sem falar ainda na administração do espaço e na dificuldade de arrumar um fiador. Custando menos de um salário mínimo, o nosso espaço é uma solução viável”, ressalta o idealizador.

Por congregar profissionais e empresas de diversas áreas de atuação, o coworking é também um ambiente favorável para troca e interação. Além de possibilitar a troca de informações e ideias, podem ainda surgir parcerias e negócios. Atualmente o Conectivo conta com profissionais de arquitetura, tecnologia, jornalismo, turismo, engenharia e publicidade. É uma oportunidade para aumentar o network profissional.

Perfil do coworker

Segundo Josué, não há um perfil definido de profissionais, o espaço pode receber autônomos, liberais e empreendedores de diversas áreas: “O coworking atende tanto profissionais que estão inseridos nessa chamada ‘Economia Criativa’, ou seja, pessoas que trabalham com conhecimento e criatividade, como os das áreas da comunicação e tecnologia, quanto alguns profissionais tradicionais, como arquitetos, corretores de imóveis, advogados. É o espaço ideal também para aqueles que trabalham em casa, o chamado Home Office e precisam de um ambiente mais produtivo, com apresentação e estrutura adequada para receber clientes. Em resumo: são pessoas que tem atividades que demandam apenas prestação de serviço e precisam ter estruturas completas por um custo bem baixo”.

Maria Claudia Guimarães e Priscila Queiroz, da QG Arquitetura, atuavam em Home Office e viram no coworking a oportunidade de interagir com outros profissionais e de receber melhor os clientes. “Em relação ao espaço, gostamos do design dos ambientes (que tem muita relação com a nossa área de atuação), localização, preço bom e acessível. Além da comodidade e conforto oferecido pra nós (copa, sala de reuniões, café, banheiros, entre outros), que também podemos oferecer aos clientes e fornecedores que recebemos aqui”, descreve Maria Claudia.

Já o empresário do ramo do Turismo, Evandro Augusto, conta que aderiu ao coworking pelo baixo custo fixo, por não ter de se preocupar com administração do local (com contas de água, luz, condomínio...) e também pela possibilidade de se conectar com outros profissionais.

“O Conectivo tem capacidade para atender 16 profissionais; inauguramos em janeiro com 50% da capacidade já esgotada e, agora, já no segundo mês de existência restam poucas vagas”, finaliza Josué.

Serviço: o Conectivo Coworking está localizado na avenida Afonso Pena, 2440, sala 62, centro. Outras informações podem ser adquiridas pelo site www.conectivo.co/, pela fanpage Conectivo Coworking (www.facebook.com/conectivo.co/?fref=ts) ou, pelo telefone (67) 9202-3000.

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