Psiquiatra lança livros que abordam a dependência química de maneira humanizada

Dr. Marcos Estevão Moura reúne em dois volumes parte do conhecimento adquirido em 30 anos de trabalho com dependentes químicos

Raquel de Souza Jeronymo

Terça, 07 De Junho De 2016 às 09h00

Psiquiatra lança livros que abordam a dependência química de maneira humanizada

Psiquiatra lança livros que abordam a dependência química de maneira humanizada

No mês de junho, desde 1999, é organizada nacionalmente a "Semana Nacional Antidrogas", com o objetivo de conscientizar os brasileiros no combate às drogas.

Para contribuir na disseminação do conhecimento sobre a dependência química, o psiquiatra Marcos Estevão Moura reuniu em dois livros parte do conhecimento adquirido em 30 anos de trabalho nessa área, e pretende ajudar não só os dependentes químicos, mas também os familiares  e a sociedade em geral.

O lançamento dos livros “Meu nome é Romualdo” e “Dependência química, uma prisão de ponta cabeça”, será realizado nesta quinta-feira (09), às 19 horas, na Associação Médica de Mato Grosso do Sul.

O livro intitulado “Meu nome é Romualdo” conta a história de um dependente químico que, apesar de vivenciar muitas dificuldades, consegue alcançar um final feliz na luta contra as drogas. “A história de Romualdo é a história de muitos dependentes químicos. Acho que o livro pode ajudar o público em geral a conhecer o que é a dependência química, a encarar isso como uma doença”, explica o especialista.

Na luta contra as drogas, o personagem se utiliza de diversas ferramentas como o tratamento médico e psicológico, os grupos de apoio e a religião. “O tratamento da dependência é uma guerra de amplas frentes, então quanto mais ferramentas o dependente utilizar mais fácil é o tratamento”, completa.

No segundo livro, intitulado “Dependência química, uma prisão de ponta cabeça”, o personagem Romualdo aborda diversos aspectos da dependência química, como a abstinência, as recaídas de comportamento, o tratamento, a internação compulsória, na visão de quem já vivenciou todo o processo, evitando a linguagem técnica geralmente utilizada nos livros acadêmicos.

“As taxas de sucesso no tratamento da dependência química ainda são baixas, mas com obras como essa podemos contribuir para que os trabalhos com prevenção e tratamento ganhem a importância que merecem”, define Marcos Estevão. “Há 30 ano a OMS (Organização Mundial de Saúde) dizia que menos de 5% dos dependentes conseguiria sair das drogas, hoje já quadruplicamos esse percentual”, comemora o médico.

Sobre o autor: O psiquiatra Marcos Estevão Moura se formou em 1983 no estado do Pará. Chegou a Campo Grande em 1993 e aqui começou a trabalhar mais de perto com dependentes químicos. Foi diretor da Comunidade Terapêutica Arthur Vasconcelos Dias, e um dos responsáveis pela abertura do setor de dependência química da Clinica Carandá. Atualmente além de clinicar é conselheiro do Conselho Estadual Antidrogas de Mato Grosso do Sul, convite que recebeu devido ao consistente trabalho realizado com dependentes químicos por mais de 30 anos. “Eu não escolhi a dependência química, os dependentes químicos é que me escolheram, talvez por eu ter a sensibilidade de estar com eles durante as quedas, durante as recaídas, e estar disposto a acompanha-los nesses momentos”, explica.

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