Tudo errado!?

por Misha Gibson

171 Todo Dia

Terça, 04 De Julho De 2017 ás 06:00

Ultimamente existe um sentimento de todas as coisas estarem erradas me perseguindo. Parece que tudo é contra mim. Ou eu que estou contra tudo? Nao sei dizer, mas tudo me parece sinalizar que não está certo.

No trabalho, coisas simples tornaram-se hercúleas. Sabe aquele trabalhinho que toma uma meia hora do seu dia? Passei dias resolvendo essas coisinhas, como se eu estivesse de propósito me delongando nelas. Uma hora o computador travava, outra hora o sistema não respondia, outra hora tivemos problema na rede, outra hora foi a conexão com o banco, outra hora era aquele sono incontrolável. Pode dizer que foi apenas coincidência, mas para mim foi um ato do subconsciente dizendo que algo não estava certo. O quê eu ainda não sei.

Aí era dia que eu perdia a hora do muay thai, ou era o pequeno me dando provas de que ser mãe é trabalho 24/7. E no meio disso some a reforma da casa e as baguncas acumuladas durante uma vida. E a dor na coluna do leva-e-traz? Quando eu finalmente consegui uma consistência de aula, no fim do último treino, no último exercicio, nos últimos minutos, meu corpo se adianta na corrida e meu dedo do pé enrosca no tatame. Eu ouvi um "tlac" e eu tinha certeza de que não ia mais conseguir ir a nenhuma aula naquela semana. Meu dedo ficou inchado e doeu como se eu fosse apenas a dor com um corpo pendurado nela.

A semana passou e achei que conseguiria colocar tudo nos eixos para poder tirar minhas férias. Era só uma semana para que enfim eu viajasse com o pequeno. E um amigo que me socorreu na aula de muay thai me perguntou: e aí, foi ver se quebrou? Lógico que não fui, sou filha do meu pai. Ele me botou medo, ele não parou de falar enquanto não fui convencida a procurar um médico. Saí do hospital com uma bota ortopédica e um dedo quebrado de um lado a outro, mais a sensação de que as coisas me sinalizam ainda.

Esta semana é a última semana de aula do pequeno, as últimas provas do bimestre. Semana que vem eu viajo. E ele ainda me mostra que trabalho de mãe é temer por eles e com eles. Tá tudo errado, nada parece ao meu favor. Mas, quer saber? Se a gente não enfrenta de peito aberto, tem que fugir. E agora que estamos na metade do ano, como é que posso querer jogar tudo pro alto? O jeito é seguir, o jeito é ir pulando nos espaços que a vida deixa (pulando igual saci, no meu caso). O subconsciente? Ele que seja mais claro, ele que vire consciência, ele que fale logo o que quer, porque só posso lidar com aquilo que eu conheço. E se estiver errado, a gente ajeita. De um jeito ou de outro!


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