Artista da Capital cria obras inspiradas no Pantanal e com "toque alienígena"

Roberto Passos já vendeu suas obras para vários países na Europa e na América além de vários estados do Brasil

Helton Verão

Quarta, 10 De Julho De 2013 às 13h09

Artista da Capital se inspira no Pantanal, extraterrestres e Bipolaridade

Artista da Capital se inspira no Pantanal, extraterrestres e Bipolaridade

Trabalhando com as artes plásticas só por prazer, como a maioria dos artistas de Mato Grosso do Sul, Roberto Passos tem se destacado no cenário do Estado por trabalhar com três tipos de materiais, com temas específicos a cada um deles. Influência que vão do Pantanal, nas Cores, nas suas crises de bipolaridade e até em extraterrestres.

Roberto é também graduado em Artes Plásticas na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e ministra aulas de artes em uma escola municipal de Campo Grande.

Iniciou a carreira em 2001 com obras que retratavam a miséria e a indiferença no Brasil, mas depois que conheceu o trabalho do artista pernambucano Romero Britto e a filosofia dele, decidiu mudar seu foco.

"Já tem tanta coisa ruim no mundo, porquê vou perpetuar a tristeza? Vou pintar a alegria de viver. Então depois que parei para pensar nesta frase do Romero, decidi mudar meu foco",  revela Passos.

A partir daí, Roberto criou a série intitulada "Pop Pantanal", que são telas inspiradas no Pantanal sul-mato-grossense e até nos extraterrestres. "Com o Pop Pantanal,não fujo do regionalismo, são animais, cenários do nosso Pantanal e nas entrelinhas deixo mensagens subliminares com contornos de naves e rostos de extraterrestres", explica.

"Pop Comitiva"
 
Católico, o artista de 37 anos não nega que possui forte ligação com os fenômenos da ufologia e também com o espiritismo, por isso passa para as suas artes as ideologias de suas crenças.

Outra série do artista é a "Nossa Senhora do Bom Humor",  que é produzida com técnica da "papelamento"´, com muitas cores também. Surgiu através do contato e bom humor de alunos e dos funcionários da escola onde trabalha. "Os funcionários da escola são muito bem humorados. Mas a brincadeira de um aluno acabou dando a ideia ele usou o termo "Nossa Senhora da Bicicletinha", então pensei em algo relacionado a isso", conta Roberto.

Recentemente, o artista aumentou seu portfólio, com a criação do "Santo Transtorno", que nasceu por meio das suas crises de elevação de humor, mais conhecida como Bipolar. "Esta série consiste em obras através de recortes e colagens, que geralmente tratam a hipocrisia do cristão. Surgiu a partir das minhas loucuras das minhas crises", detalha Passos.

Momento de MS - Roberto Passos define dois fatores para as artes em Mato Grosso do Sul não alavancarem, a falta de incentivo das autoridades e a desunião da classe. "Falta incentivo das autoridades, mas também vejo os artistas muito individualistas, falta união. O artesanato é forte aqui, mas é bem difícil vender também", avalia.

Nove países e outros estados - Segundo Roberto ele comercializa suas obras para outros vários países e estado do País. "Vendo e já vendi para países como a França, Espanha, Alemanha, Canadá, Portugal, Estados Unidos, México, Argentina e a Venezuela, além de vários estados do Brasil", calcula.

Roberto Passos é um dos artistas que irão expor suas obras na próxima edição do Território Ocupado, que começa nesta quinta-feira, às 19h30 na Galeria do Memorial da Cultura e seguem abertas ao público até o dia 2 de agosto.

A galeria fica na Avenida Fernando Correa da Costa, 559, Centro. A entrada é franca.

O artista irá comercializar as peças na exposição e também atende por encomenda. Telefone de contato é o (67) 9119–0109.

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